20 de julho de 2010

Sinto saudades, sinto falta, "a falta é a morte da esperança", dizia aquela canção adorada, será? Sinto saudade dos velhos amigos, saudade dos momentos insanos, saudade das farras após a meia-noite, saudade dos beijos, das carícias apimentadas, saudade das estrelas cuidando o meu caminho, saudade do sol iluminando minha jornada, saudade até dos inimigos mesquinhos, das críticas construtivas e dos xingamentos inabaláveis. Cara, eu sinto saudade da cidade que me fez feliz, sinto saudade das músicas que tocaram no rádio há um tempo atrás, sinto saudade das minhas paixões aos 12 anos, sinto saudade de brincar de amar, sinto saudade dos erros cometidos, sinto saudade das atrocidades que fiz, sinto saudade do descuido e da vulnerabilidade que me permiti, sinto saudade do cheiro de terra molhada, sinto saudade do vento batendo na cara. Eu tô sentindo saudade do cheiro de bolo feito pela avó, tô sentindo saudade de todos os amores e desamores, tô sentindo saudade de ser mais feliz, tô sentindo saudade de curtir a vida ao máximo, eu tô até sentindo saudade de fazer merda, saudade de fumar o meu cigarro e de beber até cair, até apagar e não lembrar de nada, acordar sem saber se era dia ou noite. A única coisa que não me traz saudade é a rotina. É, a vida precisa de tempero, as pessoas, de desejo e eu, de novidades.

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