26 de setembro de 2010

QUEM SE IMPORTA?

Procuro uma aragem cinza nessa cidade poluída.Um homem da rua aperta o cinto das calças.E uma dobra de gordura forma um peneu triste, sob a barriga desabotoada. Mas minha tristeza é sossego. É natutal e justa. Exijo do sonho a parcela a que tenho direito. Mesmo que nos meus sonhos haja grades. O canto dos passarinhos é uma última agonia. Eles não entendem de desamor e seu choro é canto. Eles não entendem nada de separação E seu choro é canto. Será que, cortando agora a minha descida nunca mais em minha vida? Viver é uma erosão. Primeiro é preciso acharum trabalho onde haja vida. Uma vida permitida. Não preciso de dinheiro.Não preciso de coveiro. Sou um tapede poído Em vigilância constante. Não posso errar nem falhar. Ochefe está alí.O cobrador também. As contas também. E a sobrevivência chia como os grilos. Estão todos esperando- os Homens de pedra passivos. Esperando que algo aconteça. No ônibus as pessoas esfrgam seus corpos-uns nos outros. Toques rápidos na palheta da solidão. O dinheiro na bolsa está contadinho. Programado, espremido, reduzido, perdido. Só resta o velho sonho perdido A luz apagou. Quem se importa se eu continuar a existir?

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