Perder doi mesmo. Não acredito em poses e posturas. Acredito em afetos. A dor incomoda. Agora sei que não preciso realizar nada espetacular.O essencial é que estou vivendo sem imposições:que a vida seja desdobramento e abertura. A vida vivida com gosto e dor. Em sua plenitude. Sem algemas...
7 de novembro de 2010
controlar o incontrolável
Eu queria ter o controle sobre muitas coisas nessa vida. Já até tive sobre algumas, sobre outras, no entanto, tive quase ou absolutamente nada.
Já controlei raiva, ciúmes, inveja, medo, e até o amor.
Tento constantemente controlar o desejo de comer chocolate. Tento, tento, tento…
Já controlei a vontade de bater, de beijar, de falar, de gritar, de calar, de telefonar, de atender, de ir, de vir. E já perdi o controle também. Às vezes foi bom controlar. Outras vezes foi melhor ainda nem tentar.
Já controlei o meu riso e o meu choro da mesma forma que já controlei o meu gozo e a minha tristeza: por poucos segundos. E senti um alívio profundo ao perder absolutamente o controle.
Não controlei a paixão porque não quis. Ou porque eu gostava de pensar que eu podia controlar. Não podia.
Controlei o amor porque eu quis poupar. Ou porque eu pensava que era amor. Não era.
Tentei controlar o raciocínio lógico e a inteligência emocional. Os impulsos e as expectativas também. Tentei.
Controlei frio com cobertor, calor com mergulho, sede com água, fome com comida e dor com analgésico.
Mas aí eu senti saudades sua
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