Perder doi mesmo. Não acredito em poses e posturas. Acredito em afetos. A dor incomoda. Agora sei que não preciso realizar nada espetacular.O essencial é que estou vivendo sem imposições:que a vida seja desdobramento e abertura. A vida vivida com gosto e dor. Em sua plenitude. Sem algemas...
25 de março de 2011
AS COISAS QUE A VIDA NOS ENSINA
Eu já falei aqui neste espaço como a Internet é um saco sem fundo, onde cabe tudo e de tudo. Vira e mexe a gente recebe algum texto de um autor, com nome de outro. Um caso clássico é um poema de Nadine Stair, mas sempre atribuído a Jorge Luís Borges, o argentino ganhador do Nobel de Literatura. Mesmo não sendo de Borges, é um belo texto:
“Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. / Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. / Seria mais tolo ainda do que tenho sido; na verdade, bem poucas pessoas levariam a sério. / Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. / Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos imaginários. / Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida. / Claro que tive momentos de alegria. / Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos. / Porque, se não sabem, disso é feito a vida: só de momentos - não percas o agora. / Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas; / se voltasse a viver, viajaria mais leve. / Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. / Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente...”
Tem um outro texto muito bonito que fala das agruras da vida, dos cinco aos noventa anos:“05 Anos - Aprendi que peixinhos dourados não gostam de gelatina.
06 Anos - Aprendi que não dá para esconder brócolis no copo de leite.
08 Anos - Aprendi que meu pai pode dizer um monte de palavras que eu não posso.
09 Anos - Aprendi que minha professora sempre me chama quando eu não sei a resposta.
11 Anos - Aprendi que os meus melhores amigos são os que sempre me metem em confusão.
12 Anos - Aprendi que, se tenho problemas na escola, tenho mais ainda em casa.
13 Anos - Aprendi que quando meu quarto fica do jeito que quero, minha mãe manda eu arrumá-lo.
14 Anos - Aprendi que não se deve descarregar suas frustrações no seu irmão menor, porque seu pai tem frustrações maiores e mão mais pesada.
25 Anos - Aprendi que nunca devo elogiar a comida de minha mãe, quando estou comendo alguma coisa que minha mulher preparou.
29 Anos - Aprendi que se pode fazer, num instante, algo que vai lhe dar dor de cabeça a vida toda.
35 Anos - Aprendi que quando minha mulher e eu temos finalmente uma noite sem as crianças, passamos a maior parte do tempo falando delas.
37 Anos - Aprendi que casais que não têm filhos, sabem melhor como você deve educar os seus.
40 Anos - Aprendi que é mais fácil fazer amigos do que se livrar deles.
42 Anos - Aprendi que mulheres gostam de ganhar flores, especialmente sem motivo algum.
43 Anos - Aprendi que não cometo muitos erros com a boca fechada.
44 Anos - Aprendi que existem duas coisas essenciais para um casamento feliz: contas bancárias e banheiros separados.
45 Anos - Aprendi que a época que preciso realmente de férias, é justamente quando acabei de voltar delas.
46 Anos - Aprendi que você sabe que sua esposa o ama, quando sobram dois bolinhos e ela pega o menor.
47 Anos - Aprendi que nunca se conhece bem os amigos, até que se tire férias com eles.
48 Anos - Aprendi que casar por dinheiro é a maneira mais difícil de conseguí-lo.
49 Anos - Aprendi que você pode fazer alguém ganhar o dia, simplesmente, mandando-lhe um pequeno cartão.
50 Anos - Aprendi que a qualidade de serviço de um hotel é diretamente proporcional à espessura das toalhas.
51 Anos - Aprendi que crianças e avós são aliados naturais.
52 Anos - Aprendi que quando chego atrasado ao trabalho, meu patrão chega cedo.
54 Anos - Aprendi que o objeto mais importante de um escritório é a lata de lixo.
57 Anos - Aprendi que é legal curtir o sucesso, mas não se deve acreditar muito nele.
63 Anos - Aprendi que não posso mudar o que passou, mas posso deixar pra lá.
64 Anos - Aprendi que a maioria das coisas com que me preocupei nunca acontecem.
66 Anos - Aprendi que todas as pessoas que dizem que dinheiro não é tudo, geralmente têm muito.
67 Anos - Aprendi que se você espera se aposentar para começar a viver, esperou tempo demais.
72 Anos - Aprendi que quando as coisas vão mal, eu não tenho que ir com elas.
88 Anos - Aprendi que amei menos do que deveria.
90 anos - Aprendi que tenho muito a aprender.”
Mas se você até agora não aprendeu nada com a vida, cuide-se, pois a vida voa como bolha de sabão e sem querer ela nos escoa pela mão. Pense nisso e viva cada minuto como se fosse o último de sua vida...
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Camões Filho, jornalista, escritor e pedagogo, é membro titular da Academia Taubateana de Letras.
E-mail para contato com o autor: camoesfilho@bol.com.br
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