Perder doi mesmo. Não acredito em poses e posturas. Acredito em afetos. A dor incomoda. Agora sei que não preciso realizar nada espetacular.O essencial é que estou vivendo sem imposições:que a vida seja desdobramento e abertura. A vida vivida com gosto e dor. Em sua plenitude. Sem algemas...
28 de abril de 2011
karma
Eu sou uma boa pessoa. Faço trabalhos voluntários, não desperdiço água, pago minhas contas em dia. Tá, eu sei, eu não faço nada disso. Especialmente a última parte. Mas eu sou uma boa amiga. Sou generosa. Dou bons presentes. Sempre me preocupei mais com os sentimentos dos outros do que com os meus próprios - salvo raríssimas exceções que me enchem culpa até hoje.
Então a pergunta que não me sai da cabeça é: "Cadê-a-porra-do-karma?" Ele existe? Por que não dá as caras pra mim, nunca? Tá bom, nunca é um exagero. Mas, sério. Não sou invejosa. Quero que todo mundo seja feliz (ok, todo mundo menos uma lista de doze pessoas que merecem o sofrimento eterno). Mas agora eu vou dizer uma coisa que vai soar como um argumento de uma criança de cinco anos fazendo bico:
E eu?
Sério. E eu? Há tempos que eu fico feliz pelos outros. Quando é que eu vou poder ficar feliz por mim?
Posso não ser a melhor amiga ou a melhor filha do mundo. Posso não dar esmola aos desabrigados. Posso, inclusive, chegar a ofendê-los um pouco quando eles passam de pedintes a insistentes. Posso, acidentalmente, chutar crianças no shopping. Posso ser horrível às vezes, especialmente pela manhã, antes de tomar café. Mas eu sou uma boa pessoa. E já estou ficando de saco cheio de nunca ser recompensada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário