9 de junho de 2011

DIFÍCIL SABER

A verdade, é que eu não sei. Interpretar os sinais é muito difícil! As vezes conhecemos alguém que nos parece sempre interessante, conversamos sobre muitas coisas, temos muito em comum, sentimos algo diferente como se toda aquela atenção fosse algo mais, como se a pessoa esperasse uma aproximação de nossa parte. Aí começa o problema, porque não gostamos da rejeição e dificilmente tomamos o primeiro passo sem a certeza de que ou vai dar certo ou não nos importamos de quebrar a cara dessa vez. E mesmo quem passou dessa fase e conseguiu fazer o convite de tirar a pessoa desse contexto que a conhecemos: escola, trabalho, etc, ainda corre o risco de ter interpretado errado os sinais. Então recebe um “não” disfarçado de compromisso que tinha esquecido, de amiga doente, de não era bem assim. A rejeição disfarçada nos deixa mais confusos! Porque não sabemos se foi um não ou se realmente havia uma verdade. E os corajosos insistem! E se há um “sim”? Também não é bom sinal, afinal e agora? Como agir, o que falar, pegar na mão, dar um beijo no rosto, na boca, no pescoço? Quanta dúvida! E de tanto nervosismo as vezes nem vemos que somos nós que passamos a mensagem errada: era só amizade. Mas a vida é um risco a se correr e não devemos perder tempo com medos e inseguranças. Um não pode ser o começo de uma maturidade emocional, um sim também pode voltar numa grande amizade. Talvez aquela pessoa seja apenas interessante, apenas amiga. Talvez ele olhe sempre na sua direção e não te enxergue. Quem sabe se o sinal não estava claro desde o início: nós é que somos especiais, nós é que somos interessantes. Era apenas reflexo da nossa personalidade. Quem sabe não era esse nosso desejo incessante de se apaixonar, de dar nosso coração pra alguém cuidar que nos fez entender tudo errado? Até hoje, olhando para o céu da manhã, não sei dizer se vai chover no fim do dia. Quanto mais entender as pessoas! Enquanto não me torno perita em meteorologia, carrego um guarda chuvas na bolsa todo dia. E um sorriso no rosto, pra quem quiser se aproximar.

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