8 de novembro de 2011

MILAGRES ACONTECEM

Num Engenhão com mais de 34 mil pagantes, Cruzeiro e Flamengo duelaram por objetivos bastante distintos. Enquanto a Raposa buscava distanciar-se da zona de rebaixamento, o rubro-negro carioca jogava suas últimas fichas pela Copa Libertadores, quiçá, pelo heptacampeonato nacional. Consciente, e senhor das ações, o time de Vágner Mancini logo abriu o placar. Aos 23 minutos, após escanteio cobrado por Montillo e desviado por Farías, Anselmo Ramon completou para as redes. A dominação ficou ainda mais evidente, quando o camisa 10 sofreu pênalti, cometido pelo zagueiro Alex Silva. Entretanto, na cobrança, Victorino acertou a trave, engrossando as estatísticas de penalidades desperdiças (em especial, pela Raposa) neste Brasileiro. Daí adiante, sem sorte nem competência, o time da Toca se tornou presa fácil aos cariocas. Deivid (dois) e Thiago Neves (três) marcaram os gols que decretaram outra vexatória derrota, a 17ª na atual edição. São cinco – tantos quanto os gols sofridos -, os motivos para desacreditar na reação cruzeirense: o evidente desequilíbrio emocional, as intermináveis contusões, a dessintonia clube/torcedor, o descompromisso de seu presidente e a indubitável falta de qualidade técnica do elenco. Entretanto, é apenas um – assim como o gol celeste -, o motivo para crer numa permanência: a possibilidade de realização de um milagre. E, enquanto ela existir, eu tentarei acreditar.

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