20 de abril de 2011

MOÇO

Ontem o vento veio me abraçar; enxugou minhas lágrimas e me contou uma bela história. Sobre amores e sorrisos. Eu sorri. Sabe moço, tenho medo de você fugir de mim. Isso parecia ser impossível, mas eu sei fantasiar as coisas. Sei criar expectativas demais, foi o que o outro moço me disse. Tem sido bom ver o sol nascer assim, do nosso jeito. E eu tenho medo disso, de querer coisas nossas. Pareço forte moço, mas você sabe que já passei do meu limite. Me entenda por favor, e fique mais um instante. Ontem o vento me abraçou e também foi embora. Mas eu sabia que ele não era meu. Você entende o que eu tento dizer, não entende? Moço, por favor, se estiver ficando confuso me avise, prefiro ter a oportunidade de tentar me explicar. Estou sorrindo outra vez, te imaginando a me chamar de boba. Te imaginando.

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